Papanicolau (exame preventivo de colo de útero)

O que é?

É um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este exame também pode ser chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical. O nome “Papanicolaou” é uma homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método no início do século. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. Pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite que o diagnóstico seja feito cedo e reduza a mortalidade por câncer do colo do útero. O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.

Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) nos dois dias anteriores ao exame, evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado.

Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.

Como é feito o exame?

  • para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato);
    · o médico faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero;
    · a seguir, o profissional provoca uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha;
    · as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.

Quem deve e quando fazer o exame preventivo?

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos.

O que fazer após o exame?

A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico.

Resultado:

Se o seu exame acusou:

  • negativo para câncer: se esse for o seu primeiro resultado negativo, você deverá fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a três anos;
    • infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: você deverá repetir o exame daqui a seis meses;
    • lesão de alto grau : o médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer outros exames, como a colposcopia;
    • amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for possível.

Além de servir para a detecção de lesões precursoras do câncer do colo do útero e da infecção pelo HPV, o Papanicolaou indica se você tem alguma outra infecção que precisa ser tratada. Siga corretamente o tratamento indicado pelo médico. Muitas vezes é preciso que o seu parceiro também receba tratamento. Nesses casos, é bom que ele vá ao serviço de saúde receber as orientações diretamente dos profissionais de saúde.


IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em 06/2020.

Fonte:
Instituto Nacional do Câncer

Condiloma acuminado (HPV)

O que é

O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV – alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Vacina

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.

É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo).

A vacina é mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina:
– Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero?
– Qual o tempo de proteção conferido pela vacina?
– Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
– Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas (verrugas)?

A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.

 

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em 06/2020.

Fonte:

Ministério da Saúde. Departamento de DST, aids e hepatites virais

Climatério

O que é:

Climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa (última menstruação) é um fato que ocorre durante o climatério.

No climatério há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo. Estatisticamente, a menopausa ocorre, em média, aos 50 anos. O climatério tem início por volta dos 40 anos e se estende até os 65 anos.

Sintomas:

Algumas mulheres nesta fase podem sentir ondas de calor, acompanhadas de transpiração, tonturas e palpitações; suores noturnos prejudicando o sono; depressão ou irritabilidade; alterações nos órgãos sexuais, como coceira, secura da mucosa vaginal; distúrbios menstruais; diminuição da libido; desconforto durante as relações sexuais; diminuição do tamanho das mamas e perda da firmeza; diminuição da elasticidade da pele, principalmente da face e pescoço; aumento da gordura circulante no sangue; aumento da porosidade dos ossos tornando-os mais frágeis.

Como enfrentar essa fase?

Procure orientação no serviço de saúde mais próximo de sua casa. Converse com seu médico!

– beba bastante água, principalmente após exercícios físicos;
– use roupas leves e procure ambiente fresco e ventilado;
– pratique exercícios leves regularmente. Caminhada, natação e dança ajudam a fortalecer os músculos;
– evite fumo, álcool ou outras drogas;
– faça refeições mais leves e mais frequentemente;
– tome sol.

Estas medidas vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças como câncer de mama, osteoporose, entre outras.

O climatério e a menopausa não são doenças! São ocorrências naturais do ciclo de vida das mulheres e nem todas apresentarão sintomas no decorrer desse período.

 

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em 06/2020.

Fonte:

Secretaria Municipal de Saúde de Recife. Climatério, o que é? (Folder impresso).

Cólicas Menstruais

Também chamada de dismenorreia, a cólica menstrual é caracterizada por dor no baixo ventre durante a menstruação, e pode vir acompanhada de náusea, diarreia, dor de cabeça e, em alguns casos, até desmaio.

Tipos:

Primária: é a mais comum, considerada normal e costuma aparecer pouco depois das primeiras menstruações. É causada por uma substância chamada prostaglandina, responsável pela contração do útero.

Secundária: é provocada por alguma doença ou distúrbio, como endometriose, mioma, problemas com o uso de DIU, alterações do útero e dos ovários ou doença inflamatória pélvica.

Diagnóstico:

É necessário que o médico estabeleça a diferença entre a dismenorréia primária e a secundária para conduzir o tratamento adequado. Além do levantamento da história clínica, exames de laboratório e de imagem ajudam nesse processo.

Tratamento:

Mulheres com cólicas menstruais primárias, em geral, se beneficiam com a adoção de algumas medidas, como a prática regular de exercícios físicos aeróbicos (por exemplo: andar, nadar, correr, pedalar), aplicação de calor local (bolsa de água quente) e dieta rica em fibras. Quando a dismenorréia é secundária, pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico.
Nos dois casos podem-se utilizar medicamentos para alívio da dor, sempre com acompanhamento e prescrição médicos.

Recomendações:

– evite levar uma vida sedentária. Exercícios físicos moderados ajudam a aliviar a dismenorréia primária;
– coloque uma bolsa de água quente sobre a região abdominal, quando estiver com cólica menstrual;
– beba bastante água;
– não se automedique. Procure assistência médica para selecionar o melhor tratamento.

 

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em 06/2020.

Fonte:

Secretaria Municipal de Saúde de Recife. Climatério, o que é? (Folder impresso)

Nova diretoria do Instituto de Ginecologia da UFRJ toma posse

29/10/2018

https://www.cremerj.org.br/informes/imagemmedio/4064

Tomou posse nesta sexta-feira, 26, a nova diretoria do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O conselheiro e coordenador do Grupo de Trabalho Materno-Infantil do CRM, Raphael Câmara, representou o CREMERJ no evento.

Recém-empossado, o diretor Jacir Balen agradeceu pela confiança e falou em seu discurso que pretende ter uma gestão participativa.

“Dirigir o instituto é uma missão que parece impossível, mas a recusa a este chamado é ainda maior. Diante deste desafio, o sentimento é um misto de orgulho, angústia, alegria e sofrimento. A tranquilidade vem do fato de que esta tarefa não é individual, mas coletiva e plural. Não é possível ser diferente, pois no instituto há um grande desempenho de todos, um sentimento de amor, para que tudo dê certo. Conto com vocês”, disse Balen.

O vice-diretor do instituto, Gutemberg Leão, que anteriormente ocupava o cargo de diretor, também agradeceu pela confiança e destacou que continuará lutando pela qualidade de ensino e atendimento do instituto.

Raphael Câmara parabenizou a nova diretoria e colocou o Cremerj à disposição da instituição.

“O professore Jacir é muito querido pelas pacientes, pelo corpo clínico e pelos residentes. Tenho certeza de que ele será um excelente diretor. Quero aproveitar para parabenizar o professor Gutemberg pelo trabalho que desempenhou nesses oito anos em que esteve à frente direção”, disse.

Também estiveram presentes no evento o reitor da UFRJ, Roberto Leher; o decano do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ, Luiz Eurico Nasciutti; e o diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho. Raphael Câmara representou o CREMERJ no evento.

CRM participa da formatura de residentes em ginecologia

28/02/2018

Alunos do curso de Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia do Instituto de Ginecologia/Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), turma 2015-2018, receberam seus diplomas durante cerimônia solene nesta terça-feira, 27. A diretora do CREMERJ Marília de Abreu esteve no evento, que aconteceu no auditório do Hospital Municipal Moncorvo Filho.

O diretor do Instituto de Ginecologia/Maternidade Escola, Gutemberg Leão de Almeida Filho, abriu a formatura convidando Marília de Abreu e os professores e coordenadores de residência médica, Gustavo Rodrigues e Ronaldo Vinagre, para compor a mesa.

A diretora do CREMERJ parabenizou os formandos e chamou a atenção para o empenho da unidade em sustentar um ensino de qualidade. “Apesar de todos os problemas de subfinanciamento da saúde e da tentativa de reduzir os cursos e os programas de residência no Brasil e no estado, esse instituto conseguiu manter a excelência, e isso deve ser muito valorizado. A residência é um importante aprimoramento do médico, e espero que vocês continuem exercendo a medicina com a competência, a qualidade, a técnica e a ética que aprenderam aqui”, apontou Marília de Abreu.

https://www.cremerj.org.br/informes/exibe/3818

Tânia Bastos homenageia Instituto de Ginecologia da UFRJ

A Câmara dos Vereadores, por iniciativa da vereadora Tânia Bastos, presidente interina em exercício da Casa, homenageou na noite desta sexta-feira (8), com a entrega do Conjunto de Medalhas de Mérito Pedro Ernesto, o Instituto de Ginecologia (IG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), representado pelo Diretor Geral, o Dr. Gutenberg Leão de Almeida Filho.

A Mesa foi composta pelo professor Jacir Luis Balen, vice-diretor do Instituto de Ginecologia e diretor da divisão de ensino; Ariete Souza de Araujo Teles, funcionária do IG; Maria Eduarda Bellotti Leão, representante dos médicos residentes; e o Dr. Serafim Borges – vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ).

A instituição foi prestigiada por exercer funções tão importantes na vida das mulheres brasileiras, desenvolvendo e ajudando a manter a boa saúde de cada uma delas desde a gestação até a terceira idade.

De acordo com Tânia Bastos, a saúde da mulher é um tema que está sempre em evidência. “Desde o seu primeiro mandato, a parlamentar tem defendido as causas femininas. Uma das leis de sua autoria que beneficiam a mulher é a n°5.146/2010 que inclui no calendário oficial, uma Semana de Mutirão para informar e realizar exames destinados à saúde da mulher. “O objetivo da minha proposta é unir esforços para divulgar os cuidados necessários com a prevenção, além de proporcionar um mutirão com os diversos órgãos competentes, oferecendo o acesso para a realização dos exames periódicos e relevantes. Há 70 anos, estes médicos tem exercido com excelência à sua função, inclusive com integração ao Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, fica aqui a minha admiração por este Instituto que tem contribuído para que este trabalho se concretize”, declarou a vereadora.

O diretor Geral do IG, Dr. Gutenberg Filho, recebeu a homenagem em nome do Instituto. Agradeceu à vereadora em nome de todos os funcionários pelo esforço de fazer esta homenagem acontecer. “Agradeço também a todos que trabalham com amor. É interessante como estamos aqui hoje para receber esta medalha Pedro Ernesto, que foi médico, político e Prefeito do Rio de Janeiro. A nossa missão é formar médicos e é isso que fazemos: formamos os melhores médicos do País. É uma honra está aqui”, discursou o Dr. Gutenberg.

O Instituto de Ginecologia integra a estrutura departamental da Faculdade de Medicina da UFRJ, participando do curso de graduação – disciplina de ginecologia e internato, pós-graduação, mestrado e pesquisa. No ponto de vista assistencial, atende clientes nos diversos ambulatórios, enfermarias e centro cirúrgico. Vários programas e projetos estão sendo implementados nas áreas do Câncer da Mulher, da Reprodução Humana, da Ginecologia Endócrina, da Assistência à Adolescente, do Atendimento ao Climatério e da Cirurgia Ginecológica.

Fonte: Leticia Namorato – ASCOM Tânia Bastos

Fotos: André Barbosa

Envie seu material para o PRB Mulher Nacional pelo e-mail mulherempauta@prbmulher10.com.br. Conte pra gente as ações que as republicanas do PRB estão realizando em sua cidade, será interessante divulgar essas atuações no portal.

Instituto de Ginecologia da UFRJ comemora 70 anos

06/12/2017

Os 70 anos do Instituto de Ginecologia (IG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado no Hospital Moncorvo Filho, foram comemorados com solenidade nessa quarta-feira, 6. O presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, esteve presente representando o conselho na mesa de homenagens, da qual participaram também o reitor da UFRJ, Roberto Leher; o diretor e o vice-diretor do IG, Gutemberg de Almeida Filho e Jacir Luiz Balem, respectivamente; e o vice-decano do Centro de Ciências da Saúde, Luiz Eurico .

O diretor do IG falou sobre o histórico do instituto, desde o legado de Moncorvo Filho até a administração atual, que deu ênfase à recuperação financeira e do espaço físico.

“São 70 anos de ensino, de formação de médicos e especialistas e também de prestação de assistência de qualidade por nosso corpo clínico, tão capacitado. Em um momento em que a saúde e a educação passam por dificuldades muito sérias, é um prazer e um orgulho dirigir o Instituto de Ginecologia na contramão, no auge do seu trabalho”, disse Gutemberg.

O reitor da UFRJ destacou a resistência não só do IG, mas da universidade como um todo:

“Passamos por um momento muito crítico, e esta celebração dá sentido ao conceito de universidade, instituição que se mantém há mais de mil anos. Levantamos no cotidiano da UFRJ o sentimento comunitário, e vemos isso no IG. O instituto é, no país, um construtor do campo da ginecologia e da obstetrícia, uma área estratégica quando se pensa em políticas públicas de saúde”, explicou Roberto Leher.

Nelson Nahon citou a crise na saúde em todas as esferas de governo e ressaltou a importância da união dos profissionais em torno da defesa do Sistema Único de Saúde. A responsável pela Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CREMERJ, Vera Lucia Mota da Fonseca, também e steve presente no evento.

Durante a cerimônia, os funcionários mais antigos do IG receberam menções honrosas e medalhas. No dia 8 de dezembro, a Câmara dos Vereadores entrega à instituição a medalha Pedro Ernesto, em homenagem a seu legado para a cidade do Rio de Janeiro.

https://www.cremerj.org.br/informes/exibe/3699

Artigo destaca pioneirismo do Instituto de Ginecologia do Rio no controle do câncer do colo do útero no Brasil

22/11/2016

O Instituto de Ginecologia (IG), no Rio de Janeiro, foi pioneiro no Brasil na introdução e difusão de técnicas médicas para controle do câncer do colo do útero, em meados do século 20. A instituição tornou-se referência nas ações sobre a doença no período, organizando um modelo específico de diagnóstico que durou até a década de 1970 e particularizou a atuação da medicina brasileira em relação à enfermidade.

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A clínica do Instituto de Ginecologia funciona no Hospital Moncorvo Filho desde 1942 (foto: blog da História, Ciência, Saúde – Manguinhos)

O IG foi pioneiro na organização de ações de controle do câncer a partir do “modelo triplo”, que utilizava conjuntamente colposcopia, citologia e biópsia no exame de todas as pacientes atendidas no ambulatório. Com isso, os médicos do instituto conseguiram aumentar as porcentagens de diagnóstico em estágios iniciais de evolução e diminuir o número de mortes. A criação de um modelo próprio de atendimento conferiu à instituição destaque no campo médico, tendo servido de base para a organização de serviços semelhantes em outras regiões do país. O Instituto de Ginecologia também se destacou pela formação direta de profissionais. No artigo “Organização da especialidade médica e controle do câncer do colo do útero no Brasil: o Instituto de Ginecologia do Rio de Janeiro em meados do século XX”, a professora Vanessa Lana, do Departamento de História da Universidade Federal de Viçosa, conta como as ações de controle começaram a ser estruturadas após o médico Arnaldo de Moraes (1893-1961) assumir a cátedra de ginecologia em 1936 e organizar uma clínica ginecológica como espaço de ensino prático na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. O ensino prático da ginecologia e sua afirmação como especialidade médica ganharam tônus na década de 1930. Em 1936, com o falecimento do cirurgião Augusto Brandão Filho, a cátedra de clínica cirúrgica que ocupava na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil foi desmembrada, sendo criada a cadeira de ginecologia, desvinculada da cirurgia.

Arnaldo de Moraes

Na seleção para ocupação da nova disciplina, foi empossado Arnaldo de Moraes, personagem-chave da trajetória do ensino e prática em ginecologia na universidade, que assumiu os trabalhos na Clínica Ginecológica da Universidade, a ela conferindo uma dinâmica focada no atendimento ambulatorial e com ênfase em algumas doenças específicas, como o câncer. A aula inaugural da nova cátedra ocorreu em 2 de setembro de 1936, e a nova clínica foi instalada no Hospital Estácio de Sá, no mesmo ano, com trinta leitos para atendimento. Em 1942, foi transferida para o Hospital Moncorvo Filho, onde funciona até os dias atuais. Leia em HCS-Manguinhos:Organização da especialidade médica e controle do câncer do colo do útero no Brasil: o Instituto de Ginecologia do Rio de Janeiro em meados do século XX, artigo de Vanessa Lana (vol.23, no.3, set 2016) Leia também:Médicos, viagens e intercâmbio científico na institucionalização do combate ao câncer no Brasil (1941-1945). Artigo de Rômulo de Paula Andrade e Vanessa Lana (vol.17, supl.1, Jul 2010) Dos gabinetes de ginecologia às campanhas de rastreamento: a trajetória da prevenção ao câncer de colo do útero no Brasil, artigo de Luiz Antonio Teixeira (vol.22 no.1 jan./mar. 2015). História do Câncer – atores, cenários e políticas públicas, entrevista com Luiz Antonio Teixeira, coordenador do projeto História do Câncer – Casa de Oswaldo Cruz Câncer no século XX: ciência, saúde e sociedade, edição especial de HCS-Manguinhos (Vol. 17, supl. 1, jul. 2010) Saiba mais:Projeto História do Câncer – Casa de Oswaldo CruzCâncer: estudos sobre mitos, crenças e comportamentos permitem aprimorar intervenções – O oncologista Ronaldo Corrêa Ferreira da Silva defende a formação de grupos de pesquisa interdisciplinares nas instituições de saúde. E no blog de HCS-Manguinhos:Vacina contra HPV para meninos: boa notícia traz dúvidas e questões Para o pesquisador Luiz Antonio Teixeira, da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, a notícia é boa, mas deve ser analisada sob vários aspectos Inca lança a ‘Estimativa 2016 de incidência de câncer no Brasil’No Dia Mundial contra o Câncer, governo divulga campanha “Nós podemos. Eu posso” e ONU enfatiza a necessidade de controle do câncer de colo de útero Fiocruz e Inca delineiam trajetória do câncer no Brasil Projeto ‘História do Câncer – Atores, Cenários e Políticas Públicas’: pesquisas, livros e exposições sobre a doença conquistam espaço e tem como objetivo contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) Artigo discute a persistência do câncer de colo de útero no Brasil Quanto menos estudo, maior o risco, explica Luiz Antonio Teixeira. Pesquisadora ‘pop’ de MG tem tese com mais de 35 mil acessosAna Barcelos escreveu artigo para o doutorado na UFTM, em Uberaba. Docente não sabe explicar sucesso de artigo sobre exame de Papanicolau.

https://agencia.fiocruz.br/artigo-destaca-pioneirismo-do-instituto-de-ginecologia-do-rio-no-controle-do-cancer-do-colo-do-utero

CRM participa da formatura de ginecologia

06/03/2013

Residentes de ginecologia e médicos dos cursos de pós-graduação em mastologia e ginecologia se formaram nesta terça-feira, 5, durante uma solenidade realizada no auditório geral do Instituto de Ginecologia, no Hospital Moncorvo Filho, no Centro. Quatro formandos receberam o certificado de conclusão de curso e homenagearam membros do corpo docente.

A vice-presidente do CREMERJ, Vera Fonseca, que preside a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, participou da cerimônia e destacou a importância da especialização e residência para a capacitação do médico.

“O CREMERJ valoriza e dá assistência aos médicos recém-formados, porque acredita que a melhor forma para a especialização é por meio dos cursos e da residência médica. Aproveitem o reconhecimento que essa instituição tem e todo o ensinamento que receberam aqui, inclusive o da ética. Saibam que vocês têm um caminho brilhante pela frente”, afirmou.

Além da vice-presidente do CREMERJ, o diretor em exercício do Instituto de Ginecologia, Jacir Balem, o representante da Maternidade Escola da UFRJ, Ivo Basílio, e os professores José Augusto Machado e Ricardo Bruno Vasconcelos integraram a mesa de honra do evento.

“O Instituto de Ginecologia foi o berço dessa especialidade e já formou profissionais do Brasil e exterior. Essa é a 39ª turma de pós-graduação em ginecologia que formamos e a 6ª turma de residência. Os recém-formados aprendem a pesquisar e recebem o ensinamento clínico e cirúrgico. Eles são lapidados e ver o progresso de cada um é motivador”, disse Jacir Balem.

http://www.cremerj.org.br/informes/exibe/1726;jsessionid=CFA43243CDF85846AD6D900939F84D13